No passado dia 16 de maio, celebrou-se o dia internacional das Histórias de Vida, ao qual o município do Porto Santo se associou pela primeira vez, numa sessão que contou com duas partes: a primeira a cargo do Tenente-coronel Fernando Rita, autor do livro Heróis esquecidos da História de Portugal, seguido de uma mesa-redonda com o referido militar e historiador, Graça Alves e Cláudia Faria, que têm trabalhado nesta área desde 2012.
Instituído pela Rede Internacional de Museus da Pessoa, com participação do Brasil, Portugal, Estados Unidos e Canadá tem como objetivo promover a singularidade de cada vida e fazer memória das trajetórias individuais. Neste final de tarde, desvendou-se a participação de alguns porto-santenses quer na 1 Guerra Mundial quer na Guerra do Ultramar e ainda um outro lado do conflito plasmado nas cartas trocadas entre os soldados e as madrinhas de guerra e a família.
Sublinhando-se a importância a história oral, nomeadamente dos testemunhos e dos arquivos pessoais como ferramenta complementar ao documento oficial, os especialistas partilharam as suas experiências enquanto arqueólogos da memória destacando o papel deste “undoing of history” na valorização da identidade local e na validação do individuo anónimo enquanto agente e fazedor da sua história.
Porto Santo, 20 de maio de 2024