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O povoamento da ilha do Porto Santo, iniciado por volta de 1420, foi dificultado por diversos fatores, entre eles os vários períodos de seca prolongada a que esta ilha esteve sujeita. Ainda na atualidade existem marcas da busca incansável pelo recurso indispensável à sobrevivência, nos inúmeros poços e furos existentes por toda a ilha. Os fontanários do Porto Santo são o testemunho vivo da cultura porto-santense e eram pontos de encontro entre os seus habitantes onde se partilhavam histórias, cantigas e as vivências da ilha.
Este fontanário faz uma referência a João Teodorico Câmara, fundador de um dos primeiros restaurantes da ilha do Porto Santo, aberto em 1964 e localizado em frente a esta construção.
Esta construção remonta à segunda metade do século XX, após o estabelecimento do Plano de Fomento, no mandato camarário de João Inácio Perestrelo. É constituída por blocos de cantaria vermelha, no centro, e cantaria branca do Porto Santo nas bordas. A pia é de feição semicircular e o piso apresenta dois níveis de pavimento, um em calçada madeirense (calhau rolado) e outro em pedra semi-talhada de pequenas proporções.