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O povoamento da ilha do Porto Santo, iniciado por volta de 1420, foi dificultado por diversos fatores, entre eles os vários períodos de seca prolongada a que esta ilha esteve sujeita. Ainda na atualidade existem marcas da busca incansável pelo recurso indispensável à sobrevivência, nos inúmeros poços e furos existentes por toda a ilha. Os fontanários do Porto Santo são o testemunho vivo da cultura porto-santense e eram pontos de encontro entre os seus habitantes onde se partilhavam histórias, cantigas e as vivências da ilha.
A construção deste fontanário remonta ao século XX e é de tipologia simples. Este espaço é pintado de branco com as inscrições da Câmara Municipal e à volta, no seu amplo espaço, possui um muro alto em pedra do Porto Santo. Junto a este imóvel existem um lavadouro público e um bebedouro, que servia para matar a sede aos animais.
O piso é composto por pedra irregular e os muros circundantes são de pedra arrumada.
A origem do seu nome vem de “zimbreiro”, uma espécie endémica da macaronésia e nativa da ilha do Porto Santo, outrora muito frequente, que hoje, no seu estado selvagem, sobrevive apenas nas escarpas a nordeste do Pico Branco, sítio da Rede Natura 2000.
Durante o povoamento desta ilha o zimbreiro (Juniperus turbinata subsp. Canariensis), foi muito utilizado na agricultura, por exemplo nas estacas para os vinhedos, como matéria combustível na economia doméstica e alimentação dos fornos ligados à indústria da cal.