OFICINA TROUXE CIÊNCIA E INSPIRAÇÃO AOS ALUNOS DO 4.º ANO DO PORTO SANTO
No passado dia 23 de abril, os alunos do 4.º ano do concelho participaram numa oficina no âmbito do programa “Cientista Regressa à Escola”, dinamizada pela organização Native Scientists, com a colaboração do município do Porto Santo.
A iniciativa contou com a participação do enfermeiro e cientista Gregório Freitas, natural do Porto Santo e atualmente docente na Escola Superior de Saúde da Universidade da Madeira. O cientista regressou simbolicamente à escola onde estudou, a Escola do Campo de Baixo, nos anos 80, para partilhar com os mais novos o seu percurso e desmistificar a imagem tradicional do que significa ser cientista. Com uma abordagem acessível e cativante, explicou o seu trabalho na área da proteção civil e da ciência social, mostrando como a ciência está presente no nosso quotidiano e pode ser uma ferramenta essencial para o bem-estar e segurança das comunidades. “A ideia de que os cientistas estão apenas em laboratórios, rodeados de tubos de ensaio, não é a única realidade”, sublinhou. “A ciência também acontece nas decisões sobre segurança, saúde e proteção das populações — e nisso, todos podemos fazer parte.”Joana Bordalo, cofundadora do programa “Cientista Regressa à Escola”, acompanhou de perto as atividades e reforçou a importância de levar modelos científicos inspiradores às escolas, especialmente em contextos mais isolados. Esta oficina é uma das muitas desenvolvidas pela Native Scientists que conta com o apoio da Fundação Belmiro de Azevedo, uma organização pan-europeia, sem fins lucrativos e premiada, fundada em 2013, que promove o contacto entre cientistas e crianças de contextos menos privilegiados. A missão da organização é clara: ampliar os horizontes das crianças, promover a literacia científica e reduzir desigualdades sociais através da educação.
O município do Porto Santo, parceiro da iniciativa, destacou o valor da ação, considerando que a mesma “representa uma mais-valia para a comunidade, especialmente tendo em conta que o Porto Santo é Reserva da Biosfera. A promoção da literacia científica e a sensibilização para a sustentabilidade são fundamentais para o nosso futuro coletivo.”
O dia foi marcado nas duas escolas pelo entusiasmo, pela curiosidade e pela troca de experiências entre alunos e cientista, numa conversa informal que inspirou muitos a imaginar um futuro onde também eles possam ser cientistas — dentro ou fora de um laboratório.
A atividade foi disponibilizada sem quaisquer custos para os participantes e para o Município e contou ainda com um momento simbólico de receção do cientista porto-santense e da Dra. Joana Bordalo pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, Nuno Batista, reforçando o compromisso institucional com a promoção da educação científica e com o apoio a projetos de proximidade.
Porto Santo, 05 de maio de 2025